domingo, 16 de junho de 2013


Questões do Saerjinho - Efeitos da ironia

Depois de aprender um pouco mais sobre como identificar os efeitos da ironia nos textos, é hora de checar o que você conseguiu aprender . A seguir, você encontrará duas questões do Saerjinho. Faça a leitura e responda a cada uma delas com muita atenção.

QUESTÃO 1
Leia o texto a seguir:
Da janela vê-se
Como até as pirâmides do Egito já sabem, mal o nosso Cristo foi eleito uma das sete novas maravilhas do mundo começou o choro dos perdedores. Países europeus que não tiveram seus monumentos escolhidos, um deles a querida Espanha, atribuem a vitória do Cristo ao número de habitantes do Brasil.
É verdade, o Brasil tem mais habitantes que a Espanha. A China também tem mais habitantes que a Espanha e, por isso, elegeu sua Muralha. A Índia também tem mais habitantes que a Espanha e, por isso, elegeu o Taj Mahal. Convém não insistir nesse argumento. (...)
Em Paris, a Unesco criticou a escolha das maravilhas por não obedecer aos seus critérios científicos e limitar-se a quem tinha acesso à internet ou ao telefone. Bem, a maior parte da humanidade tem hoje acesso à internet ou ao telefone. O que a Unesco queria? Que só valessem os votos por pombo-correio?
CASTRO, Ruy. Da janela vê-se. In: Crônicas para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010. p. 73-74. Fragmento. (P091122RJ_SUP)

Nesse texto, o trecho que expressa ironia é:

a. “...o Brasil tem mais habitantes que a Espanha.”
b. “Convém não insistir nesse argumento...”
c. “Em Paris, a Unesco criticou a escolha das maravilhas...”
d. “Que só valessem os votos por pombo-correio?”

QUESTÃO 2

Leia o texto a seguir.
O cotidiano pode ter brilho
[...] – Por favor, o senhor tem um minutinho? [...] Posso fazer uma pergunta?
– Claro.
– O senhor não é Affonso Romano de Sant’Anna?
– Não.
– Só é parecido com ele?
– Não, não sou parecido com ele.
Por dentro sorri. Achei que o Affonso, apesar de meu amigo, não ia gostar de
ser confundido comigo. [...] Diz-se que ele é o escritor mais simpático do Brasil, que é
um dos mais bem vestidos, é. Nunca vi o Affonso mal-ajambrado, está sempre elegante,
ternos de linho, de gabardine. Na estica, como se dizia em Araraquara. Portanto, se
o Affonso é o mais bonito, na certa não ia gostar de ser comparado com um que nem
sequer é bonito, apenas dá para o gasto. Mas não reclamo da cara que Deus (ou não
foi Ele?) me deu.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. O cotidiano pode ter brilho. São Paulo: Ática, 2004. p. 43-44. Fragmento.
*Adaptado: Reforma Ortográfica (P091113RJ_SUP).

Nesse texto, pode-se identificar ironia no trecho:

a. “– Não, não sou parecido com ele.”
b. “Por dentro sorri.”
c. “Diz-se que ele é o escritor mais simpático do Brasil...”
d. “(ou não foi Ele?)”

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